Vitis Vinifera de Han-Kengai para Han-Kengai
Esta Vitis ou videira é uma de duas plantas que comprei num viveiro faz dez anos.A outra já publiquei á algum tempo atrás aqui no blog.
Estimo a idade actual da planta em 80 anos segundo informações do viveiro de onde veio quanto á sua proveniência.
Esta árvore também já teve vários estilos: Moyogi, Han-Kengai.
As videiras em vaso por vezes podem perder ramos, e foi isso que aconteceu no ano passado por ter negligenciado e adiado o envase.
Um pouco desiludido e não vendo muitas possibilidades para fazer uma remodelação coloquei a planta num canto do viveiro decidido a plantá-la no terreno e desistir de tentar fazer dela um Bonsai.
Ontem por acaso lembrei-me de um artigo publicado pelo Rodrigo Sousa no seu blog Kintal (olá Rodrigo),de um Italiano com várias Vitis uma das quais vi numa exposição da Crespi.
A verdade é que informação sobre Vitis como Bonsai é muitíssimo escassa, assim a maior parte das coisas que sei é por experiência própria.
Mas este artigo a que me refiro do blog do Rodrigo talvez me forneça a chave para a longo prazo poder cultivar as Vitis sem elas perderem ramos: envasando todos os anos e assim mantendo a massa de raízes mais solta e juvenil através da poda.
Munido deste novo conhecimento levei a árvore para o estúdio e recomecei de novo.
Como no caso do Pinus Sylvestris publicado á alguns dias, seria errado tentar seguir a ideia original da última formação antes da perda do ramo pois aqui também o carácter da árvore tinha mudado.
O problema é que a árvore também tinha perdido densidade e no ramo original de meia-cascata a massa verde estava agora demasiado afastada do topo não dando nenhuma coerência á forma.
Até ao ano passado o movimento da árvore era para a esquerda com o topo contra-balançando o ramo em meia-cascata.
Agora depois de experimentar muitos angulos possiveis de inclinação decidi mudar radicalmente a forma da árvore.
O primeiro passo para chegar á nova forma foi cortar o antigo ramo meia-cascata.
Trabalhei toda a madeira morta.
Durante este trabalho descobri que toda a parte central do tronco estava apodrecida e oca.
Tirei toda a madeira apodrecida, limpei com goivas, e alarguei um buraco através do tronco já existente dando á imagem um dramatismo bastante teatral que aumenta a sua idade aparente.
A madeira das videiras é completamente diferente na textura e grão de outras madeiras.
Sabendo que esta madeira facilmente apodrece decidi fazer o trabalho de limpeza bastante exaustivamente para tentar evitar ao máximo a continuação do apodrecimento.
O novo ângulo de plantação é muito diferente do original.
O antigo topo da meia-cascata é agora a única parte viva da árvore formando a meia-cascata e o seu topo.
Os ramos foram posicionados com tensores e um mínimo de arame pois os ramos mais velhos são frágeis e quebradiços
Com esta drástica redução do tamanho da árvore será possível também colocá-la num vaso bastante mais pequeno.
O vaso escolhido é um vaso do ceramista Miguel Neto.
Este vaso com um engobe de porcelana branca um pouco transparente dá a esta peça uma profundidade e riqueza de texturas muito interessantes, o bordo do vaso mostra a cor e textura da argila utilizada criando também um contraste e tensão com o resto da peça.
No Outono será feito o envase.
Na foto onde o novo vaso está em frente da árvore este parece bastante maior do que na realidade será quando a árvore for plantada nele devido á ilusão óptica criada pela câmara.
No próximo ano irei começar com técnicas de redução do tamanho das folhas, técnicas ás quais a Vitis responde bem.
Grossura tronco na base 12cm, altura (sem vaso) 50cm, largura 70cm.
As minhas desculpas pois ao publicar as fotos devido a uma mudança no sistema Blogger (nem todas as mudanças são para o melhor) algo correu mal pois as últimas 3 fotos deviam ter ficado mais acima no meio das outras.
Depois de desesperar para conseguir refazer o erro e não o conseguindo decidi mesmo assim publicar.
Os que me conhecem sabem que não sou fan das tecnologias modernas e quando elas não funcionam ou são imcompreensíveis para um leigo tenho realmente vontade de partir o computador...
Estimo a idade actual da planta em 80 anos segundo informações do viveiro de onde veio quanto á sua proveniência.
Esta árvore também já teve vários estilos: Moyogi, Han-Kengai.
As videiras em vaso por vezes podem perder ramos, e foi isso que aconteceu no ano passado por ter negligenciado e adiado o envase.
Um pouco desiludido e não vendo muitas possibilidades para fazer uma remodelação coloquei a planta num canto do viveiro decidido a plantá-la no terreno e desistir de tentar fazer dela um Bonsai.
Ontem por acaso lembrei-me de um artigo publicado pelo Rodrigo Sousa no seu blog Kintal (olá Rodrigo),de um Italiano com várias Vitis uma das quais vi numa exposição da Crespi.
A verdade é que informação sobre Vitis como Bonsai é muitíssimo escassa, assim a maior parte das coisas que sei é por experiência própria.
Mas este artigo a que me refiro do blog do Rodrigo talvez me forneça a chave para a longo prazo poder cultivar as Vitis sem elas perderem ramos: envasando todos os anos e assim mantendo a massa de raízes mais solta e juvenil através da poda.
Munido deste novo conhecimento levei a árvore para o estúdio e recomecei de novo.
Como no caso do Pinus Sylvestris publicado á alguns dias, seria errado tentar seguir a ideia original da última formação antes da perda do ramo pois aqui também o carácter da árvore tinha mudado.
O problema é que a árvore também tinha perdido densidade e no ramo original de meia-cascata a massa verde estava agora demasiado afastada do topo não dando nenhuma coerência á forma.
Até ao ano passado o movimento da árvore era para a esquerda com o topo contra-balançando o ramo em meia-cascata.
Agora depois de experimentar muitos angulos possiveis de inclinação decidi mudar radicalmente a forma da árvore.
O primeiro passo para chegar á nova forma foi cortar o antigo ramo meia-cascata.
Trabalhei toda a madeira morta.
Durante este trabalho descobri que toda a parte central do tronco estava apodrecida e oca.
Tirei toda a madeira apodrecida, limpei com goivas, e alarguei um buraco através do tronco já existente dando á imagem um dramatismo bastante teatral que aumenta a sua idade aparente.
A madeira das videiras é completamente diferente na textura e grão de outras madeiras.
Sabendo que esta madeira facilmente apodrece decidi fazer o trabalho de limpeza bastante exaustivamente para tentar evitar ao máximo a continuação do apodrecimento.
O novo ângulo de plantação é muito diferente do original.
O antigo topo da meia-cascata é agora a única parte viva da árvore formando a meia-cascata e o seu topo.
Os ramos foram posicionados com tensores e um mínimo de arame pois os ramos mais velhos são frágeis e quebradiços
Com esta drástica redução do tamanho da árvore será possível também colocá-la num vaso bastante mais pequeno.
O vaso escolhido é um vaso do ceramista Miguel Neto.
Este vaso com um engobe de porcelana branca um pouco transparente dá a esta peça uma profundidade e riqueza de texturas muito interessantes, o bordo do vaso mostra a cor e textura da argila utilizada criando também um contraste e tensão com o resto da peça.
No Outono será feito o envase.
Na foto onde o novo vaso está em frente da árvore este parece bastante maior do que na realidade será quando a árvore for plantada nele devido á ilusão óptica criada pela câmara.
Grossura tronco na base 12cm, altura (sem vaso) 50cm, largura 70cm.
As minhas desculpas pois ao publicar as fotos devido a uma mudança no sistema Blogger (nem todas as mudanças são para o melhor) algo correu mal pois as últimas 3 fotos deviam ter ficado mais acima no meio das outras.
Depois de desesperar para conseguir refazer o erro e não o conseguindo decidi mesmo assim publicar.
Os que me conhecem sabem que não sou fan das tecnologias modernas e quando elas não funcionam ou são imcompreensíveis para um leigo tenho realmente vontade de partir o computador...
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