Juniperus Chinensis "Taiwan" Primeira fase

O Mestre Liporace foi o primeiro a introduzir esta sub-espécie na Europa.
Os Juniperus são cultivados no Taiwan em alguns viveiros, primeiro no solo, mais tarde em vasos, com técnicas que permitem fazer a sua aparência muito similar á de  Juniperus recolhidos na natureza.
Aos Juniperus nos quais são feitas partes de madeira morta e Sharis (existem também exemplares nos quais não é feita madeira morta) todo o trabalho é feito com a mão.
Desta maneira são criadas árvores de grande naturalidade e qualidade.
Hoje em dia tornou-se ainda mais dificil adquirir material deste, devido ao facto do mercado Chinês estar a comprar o Stock limitado existente.

Estou em crêr que este deve ser o único exemplar existente desta variedade em Portugal embora saiba (se a minha informação ainda é actualizada) que a minha colega e amiga Maria João Simões possui também um exemplar que se encontra em França.

Neste exemplar fiz o primeiro trabalho de preparação no ano passado quando da minha estadia no Studio Botanico.
Nessa altura fizemos algum trabalho de poda, limpeza da casca e também do solo existente tapando o Nebari.
Por problemas de espaço na viagem de regresso ( sempre o malfadado espaço!) optámos por deixá-lo no Studio aos cuidados do Mestre Liporace (não sem que muitos suspiros fossem exalados pela minha parte).

Agora um ano mais tarde a árvore estava pronta para fazer a primeira parte do trabalho.
Entretanto com a humidade atmosférica em Barate (devido aos campos de arroz em redor do Studio) esta árvore tinha crescido forte e compacta.

O primeiro trabalho a fazer foi limpar completamente a casca, depois podar a folhagem excessiva, e por fim refinar manualmente o Shari e Jin.
Ainda não utilizei liquido Jin porque ainda há mais trabalhos de refinamento na madeira que quero fazer com calma daí a sua aparência não tratada.
Os ramos foram preparados para dobragens com ráfia e tape, tudo foi aramado.
Por fim tudo foi posto no lugar devido.

No próximo ano o tronco secundário já terá a densidade e forma planeados.
Quanto ao ápice do tronco principal daqui a dois anos será feita a separação da veia viva que o alimenta, da madeira morta e nessa altura provávelmente será possivel de o colocar dirijido para a esquerda em empatia com o movimento do tronco secundário.
No entanto se for decidido haver algum risco para a saúde da árvore essa operação será dividida em duas sessões com mais um ano de intervalo.
O porquê da necessidade desta operação reside no facto do ápice do tronco principal se encontrar neste momento por cima do ramo principal desse mesmo tronco.
Assim, movendo o ápice para a esquerda, não só melhorará todo o movimento do tronco principal (dando-lhe como já referido também uma empatia com o tronco secundário) como também dará o protagonismo devido ao ramo principal deste tronco.   

Ainda é cedo para planear um vaso final.

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